sexta-feira, 28 de março de 2008

PEDAGOCIA DA AUTONOMIA - PAULO FREIRE

Paulo Freire, em sua obra "Pedagogia da autonomia - saberes necessários à prática educativa", nos coloca diante da problemática da educação, com ênfase na questão da ética no processo educativo e no reconhecimento, pelo educador, da autonomia do educando, que deve ser incentivada.
A prática educativa deve valer-se da idéia de que o educando é autor de sua história, mobilizado, crítico, pensante: capaz de atuar positivamente na construção da realidade, valendo-se da ética em seu discurso e ação, não se conformando em ser mero expectador dos fatos da vida (sem ingerência na transformação de si mesmo e do próximo).
Ensinar é produzir/construir conhecimento, não havendo identidade com a mera transferência do saber. No processo de aprendizagem, o aprender (apreender) e ensinar caminham juntos, sendo parte de um todo, devendo estar sempre em processo de aprimoramento (uma vez que recriado). É o que poderíamos chamar de "dialética do conhecimento" em que se prima pela afirmação da capacidade criadora do educando (e do educador!). Nas palavras de Paulo Freire: "nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo". (p. 26)
A consciência do inacabamento do ser humano é fundamental para a construção do conhecimento, o qual, distante de qualquer concepção estagnada e rígida do saber (o que seria sua própria negação) reflete, não o resultado, mas o próprio processo educativo - ético e coerente.

Fonte: " Pedagogia da Autonomoia - saberes necessários à prática educativa"- Paulo Freire. São Paulo: Paz e Terra. 2006 (coleção leitura)

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